Revolução Digital, Transpessoal e Espiritual
- 27
- Jul
Há quem possa achar estranho o título deste artigo. Eu explico. Em conversa com um grande amigo meu com marcante atuação no mercado digital, sendo ele uma referência no assunto e inspiração para inúmeras empresas, profissionais e empreendedores, falávamos sobre a grande Revolução Digital que se desenrola presentemente e seus impactos. “Essa Revolução vai mudar o planeta...”, dizia ele, em tom profético, ao que eu complementei: “... e vai mudar mais alguma coisa além!” Ele riu da minha observação mas concordou com ela, pois compreendeu que essa “alguma coisa além” de que eu falava se referia aos aspectos conscienciais e comportamentais da Revolução Digital. Sou de opinião que todo Consultor deve estar atento também a esses aspectos, pois eles constituem elementos em transformação que darão forma a novas maneiras de realizar transações e negócios. Os negócios digitais se desenvolvem com características bem definidas, por exemplo:
- A Internet como camada fundamental para a realização de transações digitais;
- A explosão das start ups como resposta às necessidades humanas em saúde, gestão de pessoas, finanças empresariais, meio ambiente, serviços e outras frentes;
- Moedas virtuais que substituem o dinheiro em espécie;
- Cartões de débito e crédito que deixam de ser confeccionados, passando a operar exclusivamente de forma digital;
- Agilidade aplicada no desenvolvimento de produtos e serviços;
- Metodologias de projetos que reinventam o tradicional formato “em cascata”;
- Empresas que se vêem na iminência de desenvolver novos modelos de gestão de pessoas para harmonizar a comunicação entre membros das gerações baby boomer, X, Y, Millenials e outras emergentes;
- Prática da experimentação orientada a solução de problemas e atendimento de necessidades.
- A evocação da cultura de valores pessoais como elemento fundamental de sustentação da honestidade, da transparência e do respeito a si mesmo, ao outro e ao meio ambiente;
- A indignação das massas diante da corrupção e de todas as práticas que violentam os direitos humanos;
- A sustentabilidade como pilar dos projetos empresariais em todas as áreas;
- A busca pela qualidade de vida mental e espiritual com vistas à melhoria da produtividade no trabalho;
- A inclusão de práticas meditativas no ambiente corporativo, a exemplo do Mindfullness;
- A redução do antigo “glamour” sobre o conceito workaholic;
- A procura pelo sentido da vida e pelo propósito da existência;
- Os resultados impressionantes das pesquisas sobre cérebro, mente e espiritualidade motivadas pela moderna Neurociência;
- As práticas complementares de assistência à saúde adotadas por instituições hospitalares de renome, apresentando resultados surpreendentes;
- O desenvolvimento de artefatos que recuperam a mobilidade corporal, como o exoesqueleto do cientista brasileiro Miguel Nicolelis;
- A compreensão do trabalho como fonte de prazer e atenção às necessidades humanas e não apenas como meio de subsistência.