O coaching tem papel fundamental no caráter inovador das organizações na medida que instrui lideranças e colaboradores a romperem com antigas práticas corporativas

A prática do COACHING cresce vertiginosamente no Brasil - no exterior, já é uma realidade há bastante tempo. Das empresas integrantes da revista Fortune 500, 40% utilizam COACHING, das quais 99% afirmaram que a metodologia pode trazer benefícios concretos para pessoas físicas e jurídicas, enquanto 96% declararam que o COACHING é uma forma eficaz para promoção do aprendizado organizacional, sendo utilizada em diversas áreas e em diferentes contextos por ser dinâmica e progressiva, estando intimamente associada aos processos de desenvolvimento de pessoas.

Dentro do ambiente empresarial, o processo de COACHING deve contemplar a potencialização, inicialmente, das lideranças organizacionais, uma vez que são estes líderes os personagens mais importantes para fazer qualquer tipo de inovação acontecer. São características basilares dos líderes inovadores, segundo Stefan Lindegaard (A revolução da inovação aberta: princípios básicos, obstáculos e habilidade de liderança): ponto de vista holístico, capacidade de conduzir times, habilidades de comunicação, otimismo, crença na mudança, habilidade de lidar com incertezas, paixão pelo que faz e conduz, senso de urgência. Como diz Peter Drucker, "as organizações não realizam nada. São as pessoas que o fazem".

Uma vez potencializados os líderes, é hora de influenciar a equipe de trabalho a realizar as mudanças necessárias no interior da organização. E é aí que se torna imprescindível o processo de treinamento como vetor educacional, além da escolha eficiente dos membros da equipe de acordo com suas funções.

Os Coaches (treinadores), bem como as lideranças organizacionais, têm como papel estratégico traçar o perfil de sua equipe de trabalho e alocá-los em funções condizentes com suas habilidades e competências (perfis profissionais).

Uma maneira de alocar pessoas de acordo com suas funções, levando em conta seu perfil profissional, é a implementação do Modelo A-F, proposto por Philip Kotler e Fernando Trías de Bes. O objetivo desse modelo se pauta na inovação organizacional, tendo em conta as pessoas como elo fundamental do processo de criação. Se uma empresa quer inovar, deve definir funções às pessoas da corporação e deixá-las interagir para criar os próprios processos.

As funções são as seguintes:

Ativadores: Pessoas responsáveis por iniciar o processo de inovação, sem se preocupar com estágios ou fases;

Buscadores: São os especialistas em busca de informações. Não têm a missão de produzir nada novo, mas de fornecer informações para o grupo;

Criadores: Responsáveis por produzir ideias para o restante do grupo (conceber novos conceitos e possibilidades e procurar novas soluções em qualquer ponto do processo);

Desenvolvedores: Aqueles que vão transformar as ideias em produtos e serviços;

Executores: Pessoas que devem cuidar de todos os trâmites para a implementação e execução;

Facilitadores: São os que aprovam os novos itens de despesas e o investimento necessário à medida que o processo de inovação acontece.

Assim, uma organização inova se tiver pessoas inovadoras. As pessoas criam, repensam seus produtos, processos e negócios e, com as ferramentas necessárias, conhecimento técnico, experiência, capacidade de inferência, avaliação de cenários, interação e integração com outras pessoas e outros departamentos, alteram o estado atual da organização.

Para Luiz Serafim, em seu livro O poder da inovação: como alavancar a inovação na empresa, o grande desafio da organização inovadora é desenvolver um clima favorável aos colaboradores para que estes se engajem, comprometam-se e se alinhem com a visão de futuro da empresa. Engajamento é resultado do envolvimento dos colaboradores em prol da realização de um objetivo comum, de tal maneira que utilizem de seus esforços, voluntariamente, à criação organizacional.

Sem dúvidas, o processo de COACHING tem papel fundamental no caráter inovador das organizações na medida que instrui lideranças e colaboradores a romperem com antigas práticas corporativas, contribuindo sobremaneira para a criação de um novo patamar organizacional (treinamento), levando em conta a alocação estratégica de pessoas em suas respectivas funções, de acordo com suas características profissionais.

(Fonte: Administradores)