Peter Drucker foi considerado “o pai da gestão moderna” sem jamais ter cursado formalmente um curso de administração. Sua formação original foi em direito, estudou e morou na Alemanha até imigrar para os EUA pouco antes da 2ª guerra mundial, Drucker nasceu em Viena na Áustria.

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Extraímos para reflexão da comunidade da ABRACEM partes do livro de William A. Cohen, PhD, o autor compartilha os conhecimentos de Drucker, foi a primeiro aluno do seu doutorado executivo. Cohen é cofundador do California Institute of Advanced Management (CIAM) e um criador do IATEP, sistema de ensino que promove a melhoria continua do desempenho por meio de autoinstrução, compreensão e aplicação imediata da teoria à ação.

Peter Drucker não planejou sua vida profissional como consultor, seu perfil intelectual e capacidade de análise o conduziram para realizar atividades normalmente atribuídas a consultores, profissionais contratados para serem agentes de mudança e atuarem na implantação de processos de gestão evoluídos.

A carreira do mestre é similar a de associados e certificados da ABRACEM, a maioria não planejou a mudança para a consultoria, vários tratam a atividade profissional com um plano B, até que uma oportunidade de emprego vantajosa os reconduza a condição para a qual julgam terem sido treinados.

Cohen menciona que Drucker não se julgava consultor, professor ou escritor, dizia ser um “ecologista social”. O ecologista estuda as interações entre organismos e ambientes, o social designa a relação das pessoas e a sociedade. Assim, Drucker via-se como alguém que estuda e investiga as interações humanas e os ambientes.

Consultores experientes sabem que projetos bem sucedidos consideram o tripé Pessoas, Processo, Tecnologias e suas inter relações. O pilar pessoas costuma ser o mais desafiador, constantemente subestimado com baixos esforços no engajamento dos envolvidos e no gerenciamento de mudanças.

Considerando que as pessoas sejam a parte mais complexa de um projeto de consultoria, como tratar isto? Acreditamos que resistência e baixo engajamento estão associados a dificuldade de entendimento do propósito do projeto e a valorização do papel dos envolvidos para o sucesso, questões resolvidas com a coautoria na realização das atividades.

Drucker propunha uma estratégia de atuação que julgamos similar as debatidas na comunidade da ABRACEM, priorizar “o que fazer” e não “como fazer”. Os artefatos colaborativos apresentados em nossos treinamentos priorizam a visão holística, cada post-it colado em um “canvas” será transformado em planos de ação e estes serão priorizados considerando recursos disponíveis e benefícios auferidos.

Na forma de atuar de Drucker o cliente era o verdadeiro especialista, o mestre atuava como um facilitador conduzindo com perguntas o cliente através dos problemas em busca da melhor solução.  Esta estratégia de atuação gera diversos benefícios de engajamento e gerenciamento da mudança, sem falar da redução dos riscos para o consultor.

Estamos alinhados com estas práticas! Gostaríamos de conhecer a sua opinião para o nosso desenvolvimento e de toda a comunidade. Fonte: Livro Peter Drucker, Melhores Práticas – William A. Cohen, PhD Rogério Nunes Consultor e Partner da ABRACEM