Metodologia de gestão do consultor Peter Drucker
- 30
- May
Peter Drucker foi considerado “o pai da gestão moderna” sem jamais ter cursado formalmente um curso de administração. Sua formação original foi em direito, estudou e morou na Alemanha até imigrar para os EUA pouco antes da 2ª guerra mundial, Drucker nasceu em Viena na Áustria.
Extraímos para reflexão da comunidade da ABRACEM partes do livro de William A. Cohen, PhD, o autor compartilha os conhecimentos de Drucker, foi a primeiro aluno do seu doutorado executivo. Cohen é cofundador do California Institute of Advanced Management (CIAM) e um criador do IATEP, sistema de ensino que promove a melhoria continua do desempenho por meio de autoinstrução, compreensão e aplicação imediata da teoria à ação.
Peter Drucker não planejou sua vida profissional como consultor, seu perfil intelectual e capacidade de análise o conduziram para realizar atividades normalmente atribuídas a consultores, profissionais contratados para serem agentes de mudança e atuarem na implantação de processos de gestão evoluídos.
A carreira do mestre é similar a de associados e certificados da ABRACEM, a maioria não planejou a mudança para a consultoria, vários tratam a atividade profissional com um plano B, até que uma oportunidade de emprego vantajosa os reconduza a condição para a qual julgam terem sido treinados.
Cohen menciona que Drucker não se julgava consultor, professor ou escritor, dizia ser um “ecologista social”. O ecologista estuda as interações entre organismos e ambientes, o social designa a relação das pessoas e a sociedade. Assim, Drucker via-se como alguém que estuda e investiga as interações humanas e os ambientes.
Consultores experientes sabem que projetos bem sucedidos consideram o tripé Pessoas, Processo, Tecnologias e suas inter relações. O pilar pessoas costuma ser o mais desafiador, constantemente subestimado com baixos esforços no engajamento dos envolvidos e no gerenciamento de mudanças.
Considerando que as pessoas sejam a parte mais complexa de um projeto de consultoria, como tratar isto? Acreditamos que resistência e baixo engajamento estão associados a dificuldade de entendimento do propósito do projeto e a valorização do papel dos envolvidos para o sucesso, questões resolvidas com a coautoria na realização das atividades.
Drucker propunha uma estratégia de atuação que julgamos similar as debatidas na comunidade da ABRACEM, priorizar “o que fazer” e não “como fazer”. Os artefatos colaborativos apresentados em nossos treinamentos priorizam a visão holística, cada post-it colado em um “canvas” será transformado em planos de ação e estes serão priorizados considerando recursos disponíveis e benefícios auferidos.
Na forma de atuar de Drucker o cliente era o verdadeiro especialista, o mestre atuava como um facilitador conduzindo com perguntas o cliente através dos problemas em busca da melhor solução. Esta estratégia de atuação gera diversos benefícios de engajamento e gerenciamento da mudança, sem falar da redução dos riscos para o consultor.
Estamos alinhados com estas práticas! Gostaríamos de conhecer a sua opinião para o nosso desenvolvimento e de toda a comunidade. Fonte: Livro Peter Drucker, Melhores Práticas – William A. Cohen, PhD Rogério Nunes Consultor e Partner da ABRACEM