Facebook e Instagram criam programa e contam histórias de mulheres que fazem a diferença no mercado

Sabe aquele ditado: se a vida te der um limão, faça uma limonada? Essa foi a atitude da empreendedora Zica Assis. Depois de ouvir muitas frases preconceituosas e racistas do chefe sobre seu cabelo, ela estudou e criou o Beleza Natural, uma linha com produtos para cabelos crespos, ondulados e cacheados com serviços e preços acessíveis.

São histórias como a de Zica e de outras milhares de mulheres que o Facebook e o Instagram querem contar com o novo programa #ElaFazHistória. "Acreditamos que nossas ferramentas podem ajudar as mulheres a empreender e estimular outras a fazer o mesmo. Queremos contar histórias de mulheres para inspirar outras mulheres a buscarem pelas suas realizações profissionais", contou a diretora de empreendedorismo do Facebook, Camila Fusco.

Em parceria com o Think Olga (ONG feminista), além das 30 histórias que já estão na página do programa, uma premiação será criada para valorizar e reconhecer o trabalho dessas empreendedoras, que são umas das que mais assinam carteiras de trabalho no Brasil.

"Acreditamos que a diversidade é o que nos leva a inovação e o empreendedorismo feminino é uma das ferramentas para um futuro mais inclusivo e revolucionário", afirmou a diretora da ONG, Nana Lima.

Força da mulher/Durante o evento, que aconteceu no escritório do Facebook em São Paulo, na manhã de desta quarta-feira (23), quem também contou sua história foi Milena Curado e Ana Paula Padrão.

Milena dá oportunidade para presidiárias de Goiás aprenderem artesanato, em especial o bordado. "Eu sei a diferença que isso faz na vida de quem não tem chance. E, querendo ou não, o sistema carcerário não prepara as pessoas para sairem de lá melhores, fazendo o que eu faço, acho que já é um incentivo para que isso aconteça", ressaltou a artesã.

A jornalista Ana Paula Padrão, dona da Touareg Conteúdo e do Tempo de Mulher, ambas agências de notícias, precisou sair do casulo para empreender e disse que já deveria ter feito isso antes.

"A minha primeira empresa (Touareg Conteúdo) surgiu há 10 anos em uma opornidade no meio jornalístico. Mas não foi tão fácil assim, eu vivia dentro de uma caixinha de cristal, fazia e entregava tudo aquilo que a sociedade me pedia. Só depois eu percebi que posso ser muito mais."

Dentre tantos descasos com a mulher, iniciativas como essa mostram como todas são fortes e capazes. "O empoderamento feminino é um assunto de extrema importância e que precisa ser discutido por toda a sociedade. Porque quando uma mulher vence, todo mundo ganha", finalizou Camila.

(Fonte: Diario SP)