Em entrevista com Roberta Valença (CEO da Arator, consultoria especializada em projetos de sustentabilidade com inovação), ela disse:

Desde que iniciei as consultorias em sustentabilidade empresarial, percebi que, para que seja incorporado, as pessoas precisam ver sentido neste novo valor. Então, acabei me tornando a mulher dos “porquês”. Quero saber por que uma determinada pessoa faz o que faz, e o que a motiva a sair do pensar para o agir.

Ao conversar com pessoas que se sentem realizadas com suas jornadas, enxergo algo em comum: elas têm um brilho de viver. A emoção toma conta ao falar de seus trabalhos, sua família, seus amigos, sua vida. E isso não é só com presidente de empresa, vale para qualquer cargo ou profissão.

Eu acredito que a emoção é a força da vida, é um impulso interior invisível, que quando ativado, torna-se a coisa mais importante do mundo. Por isso, alguns trabalham 15 horas por dia sem reclamar, com prazer. É pela mesma razão que outras pessoas reclamam 15 horas por dia. Elas ainda não acessaram esse “algo maior”, que dá sentido à vida, preenche e dá um ritmo às escolhas e atitudes.

O coaching é uma atividade que está super em alta, uma ferramenta interessante para iniciar o autoconhecimento, necessário a qualquer ser humano, tornando possível ao menos começar a refletir para onde quer ir, com suas competências. As pessoas seguem seus interesses pessoais e por vezes os relacionam com trabalho, estudo, amigos. Todas estas conexões devem servir para o real sentido: a felicidade, o bem-estar.

Se podemos enxergar a razão em todas as inter-relações, nos tornamos aptas a contribuir mais para o mundo, a produzir em seus trabalhos, a se doar em casa, nos estudos e para si mesmas. Então, tornam-se capazes de realizar para ajudar a resolver os desafios crescentes de nossa sociedade, especialmente no âmbito da sustentabilidade.

Um projeto de sustentabilidade pode começar discretamente, com a adesão de poucos, um programa de reciclagem ali, outro de diminuição do uso da água aqui. Porém, o salto desejado, aquele que traz benefícios reais para empresa e sociedade, só pode ser dado se acompanhado do aumento da consciência coletiva. E essa tarefa é principalmente do empregador, já que os colaboradores passam mais da metade de seu dia no escritório.

O trabalho de coaching pode e deve ser extrapolado além da diretoria, gerência e média-gerência. Estes podem ser treinados para serem, cada um, o coach de sua respectiva equipe. Afinal o que é um líder, senão um gestor de pessoas para ajudar na execução do planejamento? Investir no Desenvolvimento humano do colaborador é uma etapa fundamental para uma empresa que deseja ser perene. Pense nisso!

(Fonte: R7)