Há décadas atrás, o empreendedor não era lá muito bem visto. Ele era tido como o sujeito que não encontrou seu espaço numa grande corporação, então sua única opção seria abrir um novo negócio. O glamour, na época, era ser executivo numa grande multinacional e de preferência ostentar uma grande sala.

Graças ao sucesso de algumas empresas da internet e a crise de 2009, a cabeça do jovem mudou. Hoje, o jovem não sonha em ser um mero estagiário com uma insignificante função numa grande empresa. O jovem quer autonomia, liberdade; trabalhar num lugar que tenha significado e propósito. Ele quer fazer a diferença e é pra já. E o grande sonho de muitos é abrir o seu próprio negócio.

77% dos recém-formados aqui no MIT dizem que “fazer uma contribuição para causar impacto é essencial” em sua carreira. 15% dos graduandos no MIT estão indo trabalhar em STARTUPS logo ao se formar. Este número era por volta de 2% há 10 anos!

A cabeça do jovem brasileiro não é diferente. E isso é muito bom para a nossa economia. Para o Brasil voltar a crescer, não tenho dúvidas que empreendedores com projetos escaláveis podem fazer uma grande diferença.

Porém, precisamos criar um ambiente que fomente esta atitude entre os jovens. Regiões como o Vale do Silício, Nova Iorque, Boulder, Boston, Londres, Tel Aviv, Singapura e Berlim fomentam o empreendedorismo de forma única no mundo e viraram importantes laboratórios para os jovens criarem e executarem grandes ideias.

Algumas cidades do Brasil tem muito potencial para se tornar um atrativo centro empreendedor, mas temos duas enormes pedras no caminho: burocracia e corrupção.

A luta contra a burocracia e a corrupção é essencial para o fomento de um ambiente empreendedor neste país. Sem estas enormes pedras no caminho, nossos jovens cheios de energia e grandes ideias terão um papel fundamental no crescimento do Brasil nas próximas décadas.

(Fonte: Exame)