Um levantamento das empresas de consultoria Capgemini e EMC revela que as companhias estão preocupadas com o atraso na adoção de Big Data por seus funcionários e executivos. E o pior: 65% delas acreditam que a falta de investimento no recurso e a demora em incorporar novas soluções de análises de dados podem afetar a competitividade no mercado.

O relatório, batizado de “Big & Fast Data: The rise of Insight-Driven Business” (Dados volumosos e velozes: a ascensão do negócio orientado à informação, em português), entrevistou mais de mil diretores e tomadores de decisão da América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia-Pacífico para entender a necessidade e a capacidade de adoção do Big Data nas empresas.

De acordo com 63% das corporações entrevistadas, o Big Data está mudando os limites tradicionais de negócios e permitindo a migração de novos fornecedores dentro da indústria. Mais de um quarto (27%) mencionou novos concorrentes de outros setores, enquanto 53% acreditam que concorrerão com startups preparadas para lidar com dados. Isso sugere que o domínio da gestão e análise de Big Data agora é fundamental não apenas para o sucesso, mas também para a sobrevivência do negócio.

“A informação está no centro de todas as decisões de negócio. As organizações precisam aproveitar plenamente as oportunidades que o Big Data oferece ou correm o risco de ficar de fora do mercado. A pesquisa identificou que, enquanto algumas organizações o adotam para reduzir os custos e aumentar o desempenho, outras aproveitam para entrar em novos mercados, buscando rentabilidade”, afirma o líder de Análises & Dados da Capgemini global, John Brahim.

Outro detalhe é que 59% das empresas reconhecem que os dados armazenados estão se tornando um componente essencial do valor de mercado. Isso também se reflete na administração das companhias, sendo que quase um terço delas (32%) já introduziu ou está introduzindo novos cargos voltados à gestão de dados. Além disso, 54% das entidades afirmam que os investimentos em Big Data nos próximos três anos vão superar os valores anteriores.

O estudo também constatou que 61% das empresas reconhecem que o Big Data por si só contribui para o aumento da receita e está se tornando tão valioso para as corporações quanto seus produtos e serviços. 43% das organizações já possuem ou estão se reestruturando para explorar novas oportunidades em Big Data e 36% dos entrevistados disseram que, devido sua importância estratégica, tiveram que se esquivar das equipes de TI para executar as análises de dados necessárias para obter percepções valiosas para o negócio.

“Com 90% de todos os dados gerados no mundo nos últimos dois anos e 80 bilhões de sensores ativados até 2020, as organizações devem estruturar modelos de negócio para o Big Data”, diz o presidente da Constellation Research, R “Ray” Wang. “O sucesso exige uma análise eficiente dos dados para auxiliar na tomada de decisões. A capacidade de associar todos os tipos de dados, extraindo valor e tomando medidas com base nestas percepções, permitirá às organizações criar modelos eficientes de negócios. Aqueles líderes que conseguirem, descobrirão que 20% das receitas virão deste conhecimento. Mais importante, essas companhias terão uma vantagem digital no cumprimento de conformidade regulamentar, melhoria da eficiência operacional, criação de novas fontes de receita, estratégia diferenciada e autenticidade da marca”, completa.

“Experiências atraentes para o usuário e novos modelos de negócios na era digital são abastecidos pelo aumento significativo da disponibilidade e do uso de dados. Todos os segmentos precisam perceber a importância não só da capacidade de reunir os elementos rapidamente, mas também de construir conhecimentos a partir de múltiplas fontes de dados. É essencial investir em pessoas, habilidades, ferramentas e plataformas modernas como uma questão de urgência”, conclui o presidente da Pivotal e membro da Federação EMC, Paul Maritz.

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(Fonte: Corporate)